Recebe o ordenado e logo após uma semana não sabe onde é que ele anda? Pensava que tinha mais dinheiro do que aquilo que o seu extrato de multibanco lhe diz? Adorava ir jantar com as amigas mas afinal descobre que se o fizer não tem dinheiro para a papa do seu filho?
Apesar de nos dias que correm os ordenados encolherem e estarmos em tempos de crise, acredito que mais do que falta de dinheiro o que falta à maioria das pessoas é falta de gestão do seu orçamento.
• Planifique e estude
Escreva numa
folha todas as despesas que tem ao longo do mês, dividindo as mesmas por
despesas fixas e despesas variáveis. Aqui, a lista poderá sofrer algumas
alterações consoante as necessidades do seu orçamento doméstico. Por exemplo,
se vive com o (a) companheiro (a), terá despesas que não terá se viver sozinho
e caso tenha filhos, terá que contemplar outras despesas que um casal sem
filhos não terá que se preocupar.
No geral, poderá definir as
despesas para alguém que vive sozinho desta maneira:
- Despesas fixas. São aquelas despesas
que possuem um valor fixo e que são
obrigatórias de ter para viver. São elas:
Despesas com a casa: Despesas com a renda, o empréstimo da casa ao banco, condomínio, etc. Coloque o valor de cada uma à frente;
Despesas de consumo: Despesas com a alimentação, manutenção da casa e higiene pessoal;
Despesas de transporte: nesta
categoria, englobe todas as despesas que terá de ter para se deslocar, despesas
com o carro, combustível ou passe para transportes públicos;
Despesas com seguros e saúde: será
conveniente dividir pelos 12 meses do ano o quanto paga com o seu seguro do
carro ou seguro de saúde e colocar de parte esse valor todos os meses. Assim
garante que no mês que terá que ter essa despesa, não lhe irá custar tanto e
esse mês não ficará comprometido. Não pense nos subsídios de Natal e de férias para estas despesas, ao colocar de parte todos os meses poderá ver estes subsídios como uma poupança ou mimo extra. Mesmo que não consiga colocar todos os meses a parcela total do seu seguro automóvel, ponha pelo menos uma parte. Lembre-se 1 € é melhor que 0€;
-
Despesas variáveis. São aquelas despesas que todos nós temos, mas que não são
essenciais para viver. Estas despesas poderão ter um intervalo de valores mais
alargado, definido por si consoante os meses que terá mais ou menos dinheiro.
Aqui contemple despesas com os
cafés e saídas com amigos, os jantares fora, os pacotes de internet e
televisão, o gasto com os seus tempos livres, ginásio, etc.
Por exemplo, com aquilo que lhe
sobra das despesas fixas, planifique aquilo que poderá gastar na categoria das
despesas variáveis e assim consegue um equilíbrio saudável entre obrigações e
lazer.
Muitas pessoas, em tempos de crise descuram os gastos com lazer. Não se esqueça, somos seres humanos, não somos máquinas, ao descurar esta parcela tão importante da sua vida poderá estar a criar problemas maiores como angústia, ansiedade, depressões e falta de harmonia no casal. Não tem dinheiro para ir jantar fora com o seu marido? É possível que o dinheiro não dê para esses pequenos luxos, mas se calhar basta um piquenique para dar um novo alento à sua relação. Pessoas felizes valem mais que euros na carteira!
Para as pessoas que vivem juntas e
que têm filhos, para além das despesas de quem vive sozinho, poderão ter que
acrescentar despesas com a cresce, material escolar, fraldas, consultas de
pediatra. Se não tem filhos, possivelmente terá dois carros, gastará mais em
alimentação, terá maior necessidade de férias conjuntas e saídas românticas,
mas no entanto, se ambos trabalharem o dinheiro que entra todos os meses em sua
casa também será maior, facilitando todas estas despesas extra. Não se esqueça que também aqui poderá poupar. Tem amigas com filhos mais crescidos? Peça-lhes as roupas ou berços que estas já não usem!
• Seja disciplinado
É importante que após ter
identificado todas as despesas que tem ao longo do mês que guarde todos os
talões de compra de tudo aquilo que adquirir ao longo do mês. No último dia de
cada mês analise os talões e veja onde estará a gastar demais e onde poderá
cortar. É nesta reflexão que poderá também analisar pacotes de internet e
televisão mais econômicos, ou chegar à conclusão que aquilo que gasta por mês
em pão que compra na padaria do costume é superior se adquirisse uma máquina de
fazer pão para ter em casa.
Estes momentos de reflexão são
muitas vezes a diferença de uma boa ou má gestão do seu orçamento.
• Experimente
coisas novas
Muitas das pessoas são fieis a
determinada marca e nem olham para o lado na hora de a comprar. Saiba que ao
optar por outras marcas mais econômicas, como é o caso das chamadas marcas
brancas poderá poupar bastante dinheiro ao final do mês. Com o dinheiro que
poupa poderá já ter dinheiro suficiente para uma saída por mês, pois também é
importante que não descure os momentos de lazer. Esqueça os mitos que as marcas brancas não são tão boas como as outras, o controlo de qualidade existe e é aplicado, além disso precisa e vantagem melhor que poupar no supermercado?
• Page-se
a si primeiro
Esta regra é sem dúvida a sua regra
de ouro para o seu orçamento doméstico. Todos os meses, ao receber o seu
ordenado coloque uma percentagem numa conta poupança, ou seja, pague-se a si
primeiro. Se o fizer, ao fim de um ano terá uma poupança considerável que
poderá servir apenas como tal, para poupança ou para alguma possível emergência. Mas atenção, colocar este dinheiro de parte não serve para ir à latinha onde o guarda ou ao banco à primeira contrariedade, o segredo é esquecer-se que recebeu este dinheiro, se não tem dinheiro para aquelas botas ou para aquela carne mais xpto, é simples não compre! É importante ter noção que a alimentação tem inúmeras opções também elas saudáveis que não passam por ter que comer carne todos os dias. Quer poupar não quer? Então terá mesmo que fazer cedências e escolhas!
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